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Rio de Janeiro-RJ: Atividade no Quilombo de Vargem Grande

Rio de Janeiro-RJ: Atividade no Quilombo de Vargem Grande

Maio 29, 2017 - 22:24
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Na noite do dia 12 maio um grupo de 13 pessoas, representando 5 coletivos acamparam no Quilombo de Vargem Grande com o objetivo de construir coletivamente um novo olhar e um novo saber sobre prática e organização política. Para isso, foram recebidos pela comunidade local e no dia seguinte, a este grupo somaram-se mais 4 pessoas, totalizando assim os participantes da atividade.

Na organização da atividade destacamos a Organização Popular, o Colégio Professor Teófilo Moreira da Costa e o Ponto de Cultura JPA Afrocultural. Participaram da atividade os seguintes coletivos além dos que já foram citados: Ocupa Alemão, Articulação de Grupos Autônomos e GT de Negras e Negros do Colégio Pedro II.

As atividades desenvolvidas giraram em torno de uma perspectiva de organização política e social voltada para o fortalecimento do povo preto, mestiço e pobre das favelas e comunidades tradicionais como aldeias e quilombos. Identificamos as questões de cor (racismo) e classe (a condição de pobreza e exploração econômica) como os problemas básicos que nos são impostos tanto pelo Estado como por partidos políticos, principalmente àqueles que se dizem populares, mas, na realidade estão nos dividindo de várias formas e ainda assim, endossam a existência do nosso maior opressor.

Entendemos que o protagonismo organizativo e de ação só cabe a nós e, nesse sentido, dispensamos os acadêmicos com suas teorias importadas da Europa bem como o Estado e seus sequazes: os partidos políticos. Defendemos aqui a perspectiva de organização e ação quilombista, de baixo para cima e de forma horizontal.

Nossa experiência e estudo, seja com os povos indígenas ou os descendentes de africanos (nos Quilombos), nos mostra que já  possuímos há muito tempo a capacidade de autogestão de nossos territórios e de construção coletiva de governo. A nossa prática política ancestral não se baseia nos aspectos de distinção de qualquer espécie, mas sim, no apoio mútuo entre os integrantes da comunidade onde a centralidade das relações não se baseia em qualquer forma de poder ou coerção sobre ninguém.

Sem dogmas de vanguarda ou teorias alienígenas! Quilombo, favela e aldeia: nós por nós.

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