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Para mão responder à provocação, os zapatistas deixaram suas casas e pertences. “Homens, mulheres e crianças encontram-se neste momento refugiadas na montanha passando fome, frio, desamparo e medo”. A JBG relata que bases zapatistas de Pamalá e Guadalupe el Kaptetaj, município de Sitilá, informaram que Manuel Vázquez foi intimado à força por autoridades e dirigentes partidários de San Marcos e Pamalá no final de agosto, pediram-lhe para desmantelar a escola, e dizem “que vão continuar com outras comunidades”, para derrubar mais escolas autônomas.

De acordo com a JBG, o objetivo dessas ações, “propiciadas pelos três níveis de governo, é impedir a educação de nossas crianças e o avanço da construção de nossa autonomia”. Manuel Vázquez foi humilhado e preso em 21 de agosto, junto com Guadalupe Kaptetaj. Ao libertá-los, seus captores lhes disseram que abandonem a organização zapatista, que não informem a JBG e que iam lhes tirar as terras que compraram há mais de 10 anos”.

Ameaçaram solicitar junto à Procuradoria Agrária “o cancelamento dos direitos agrários de 15 ejidatários de San Marcos Avilés”. Em 24 e 25 de agosto, se apoderaram de 29 hectares com 5.850 pés de café, 10 hectares de milharais e plantações de feijão, vacas, cavalos e três casas e destruíram vários plátanos. Em 8 de setembro, os invasores tiraram o gado, roubaram as cercas e atiraram para o alto.

Dizem que é o primeiro passo contra nossos companheiros, e que o próximo é desalojá-los do ejido e que suas esposas e suas filhas ficarão para os partidários e, em seguida, queimarão suas casas”.

“Os maus governos não sabem como deter a luta de libertação nacional dos zapatistas, por isso estão querendo deter a educação autônoma”, sublinha a JBG.

Apesar disso, adverte, “vamos continuar com a educação autônoma em todo o território zapatista; nossos filhos e filhas não irão às escolas oficiais porque aí nunca vão ensinar a verdade de como vivemos nós, povos indígenas e todos os pobres do México. Nossos companheiros foram desalojados nas últimas horas, temem voltar a seus lares e exigimos que sejam respeitados”. Divulgado por:

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