Greve no TJ-RJ continua apesar da repressão!
Por W. Bastos, militante da Organização Popular.
Uma dúzia de guardas ameaçam roubar faixas de trabalhadores do Tribunal de Justiça em greve. Mas grevistas não se intimidam.
A greve de servidores públicos do Judiciário estadual do Rio de Janeiro já alcançou Angra dos Reis, Araruama, Barra do Piraí, Barra Mansa, Belford Roxo, Bom Jardim, Cambuci, Campos, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Duas Barras, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Itaperuna, Japeri, Laje de Muriaé, Macaé, Magé, Miracema, Nilópolis, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paty dos Alferes, Paraíba do Sul, Paraty, Pinheiral, Porto Real, Queimados, Quissamã, Resende, Rio Bonito, Rio Claro, Rio das Ostras, São João da Barra, São João de Meriti, São José do Rio Preto, Silva Jardim, Teresópolis, Trajano de Moraes, Três Rios, Valença e Volta Redonda.
A movimentação de manifestantes tem sido bastante intensa na porta do Fórum Central, localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro. Além dos serventuários, várias pessoas estiveram presentes prestando sua solidariedade: membros da direção do Sindpetro-RJ (sindicato de petroleiros), Sindsprev (trabalhadores da Previdência Social), Centro Acadêmico de História da UFRJ e outras entidades.
A presidência do Tribunal de Justiça não acena com nenhuma proposta que possa viabilizar o fim da paralisação. Pelo contrário, somente medidas repressivas têm sido tomadas: cassação das 15 licenças sindicais; mais de 40 remoções arbitrárias de grevistas...
Esta terça-feira 26 de janeiro de 2011 foi o oitavo dia da greve: um dia tenso para os grevistas da capital fluminense. Uma dúzia de guardas (seguranças e policiais militares) ficaram postados ameaçadoramente diante dos manifestantes na porta do Fórum Central e ameaçaram roubar a faixa de divulgação da greve, faixa essa que não estava atrapalhando em nada os transeuntes ou o patrimônio público.
No fim de contas, nenhuma violência física ocorreu. Só mesmo a pressão psicológica, mas quanto a esta, os servidores já sofrem-na pesadamente no seu dia-a-dia de trabalho. Sofrem-na com a falta de espaço nos cartórios, com o excesso de trabalho, com a sujeira dos processos cheios de ácaros e bactérias, com o assédio moral, com os balcões lotados, com a arrogância de dirigentes que desviam o dinheiro público para obras imorais como piscinas e academias de ginástica gratuita para desembargadores... Os servidores que já sofrem tudo isso não iriam mesmo se assustar com uma dúzia de carrancudos fardados.
E a greve continua!
Mais informações: www.sindjustica.org.br