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De quase 19 mil participantes, cerca de 13,5 mil escolheram não armar a GM, e apenas 5,5 mil optaram pela outra opção. Os principais argumentos da maioria foram: agressões constantes da GM aos camelôs e demais trabalhadores/as informais, e até mesmo a moradores/as de rua, e a falta de preparo da corporação para portar armas de fogo.

Diariamente cenas lamentáveis são vistas, principalmente no centro da cidade, onde camelôs têm seu material de trabalho apreendido sob forte violência. O final do ano intensifica esta ação da Guarda, para proteger os interesses dos grandes comerciantes da região, que com a proximidade do Natal e diversas comemorações, vêem nos camelôs uma ameaça para o aumento exorbitante de seus lucros. Temendo o aumento da violência contra os/as camelôs e que isto pudesse se tornar até mesmo mais letal, muitas pessoas optaram pelo NÃO.

A prefeitura, que já havia comprado as armas e já realizava treinamento de agentes da GM, segundo entrevista do próprio Rodrigo Neves a um jornal de grande circulação em abril deste ano, disse que vai acatar a decisão popular. O prefeito, ex-PT e atual membro do Partido Verde, é a favor do policiamento ostensivo na cidade como forma de diminuir a criminalidade – algo que por anos já vemos ser um erro - e a favor do armamento da GM.