Diversos Protestos em Apoio à Greve Geral Tomam o Rio de Janeiro
A greve geral foi convocada mês passado contra a reforma da previdência e contra os cortes na educação pública. Diversas categorias aprovaram a paralisação, entre elas os rodoviários, os professores e os bancários. A mobilização contou com forte adesão popular e repressão policial.
O dia de mobilização começou pouco antes das 6 horas da manhã. Diversos trancamentos foram realizados em pontos estratégicos da cidade. A Linha Vermelha e uma via expressa de São Gonçalo foram fechadas com barricadas, enquanto a Marquês de Paraná, em Niterói, a Leopoldina sentido Centro e a descida da ponte Rio-Niterói na altura do INTO eram trancadas por manifestações. Estima-se que tenha causado um impacto de cerca de 45 km no trânsito da cidade, além de aumentar o tempo de travessia da ponte Rio-Niterói para mais de uma hora.
Em Niterói, o motorista de um Fox vermelho avançou contra a manifestação e deixou 3 pessoas feridas, que foram hospitalizadas. No protesto próximo ao INTO, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os manifestantes. Além disso, o tráfego de veículos foi muito menor após a liberação das vias, o que indica que muitas pessoas não foram trabalhar.
No final da tarde ocorreu uma manifestação unificada na Candelária. Milhares de pessoas caminharam da Candelária até a Central do Brasil porém foram interrompidas pela forte repressão da Polícia Militar, que estava de prontidão desde o início da manifestação usando máscaras e cercando os manifestantes. Algumas pessoas, incluindo crianças, passaram mal com o gás lacrimogêneo.
A linguagem do governo continua sendo a de deslegitimar a movimentação popular que vem acontecendo contra os cortes na educação e a reforma da previdência. Além disso, houve repressão policial em várias outras cidades.