Manifestantes Cobram Fim de Operações Policiais no Rio
Após mais um assassinato cometido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, desta vez no morro do Borel, militantes de movimentos de favela da cidade organizaram um protesto na frente do Palácio Guanabara cobrando o fim das operações policiais violentas.
Apenas no período de pandemia estima-se que a PMERJ já matou mais de 20 pessoas em operações nas favelas do Rio de Janeiro. Entre elas João Pedro, de 14 anos, que causou maior comoção por estar dentro de casa e ter sido atingido pelas costas.
Houveram medidas de segurança devido à pandemia da Covid-19. Os manifestantes respeitaram o distanciamento recomendado pelos órgãos de saúde.
O ato foi tranquilo até por volta das 17 horas, quando a Polícia Militar atacou a manifestação com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Durante a repressão, um policial chegou a ameaçar um rapaz com um fuzil letal, armamento que é proibido de ser portado por policiais em manifestações.
Após a brutal violência da Polícia Militar, uma pessoa foi detida e encaminhada para a nona DP, onde foi fichado por porte de drogas e depredação do patrimônio público, acusações que não foram provadas em momento algum e não constam em qualquer gravação do ato.
Os movimentos de favela já convocaram outra manifestação para o próximo domingo, dia 7 de junho, às 15 horas, novamente no Palácio Guanabara.
As imagens foram cedidas pela fotógrafa Fernanda Janan.
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