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São Gonçalo-RJ: Secundaristas em Luta – RJ fazem segundo ato contra o autoritarismo da Secretaria de Educação

São Gonçalo-RJ: Secundaristas em Luta – RJ fazem segundo ato contra o autoritarismo da Secretaria de Educação

Maio 20, 2016 - 00:00
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Nesta sexta-feira, 20 de maio, ocorreu a segunda manifestação dos estudantes secundaristas contra o autoritarismo da Secretaria de Educação, que vêm tomando medidas para acabar com as ocupações sem atender as principais pautas dos estudantes dos Colégios Estaduais, que sofrem com o abandono e com o projeto de precarização.

O primeiro ato ocorreu no dia 09 de maio em Niterói-RJ, parando toda a cidade em uma passeata que durou aproximadamente três horas. Para saber mais sobre o ato e as reivindicações, leia: Niterói-RJ: Secundaristas em Luta – RJ fazem ato contra o autoritarismo da Secretaria de Educação.

O ato de São Gonçalo se iniciou próximo à Faculdade de Formação de Professores (FFP) da UERJ e seguiu até a Prefeitura da cidade. Os estudantes fecharam quase toda a pista, permitindo que os carros passassem por apenas uma faixa.

Policiais Militares chegaram ao local e acompanharam a manifestação com as sirenes ligadas, causando um grande barulho, e só as desligaram quando o ato foi dado por encerrado, em frente a prefeitura.

O mesmo ocorreu na manifestação do dia 09 em Niterói. As sirenes pareciam querer silenciar o que os estudantes gritavam durante o protesto, mesmo assim, algumas pessoas que passavam pelas ruas demonstraram o seu apoio à causa estudantil.

Durante o percurso, os estudantes queimaram provas do SAERJ. O SAERJ é uma prova que avalia o desempenho das escolas para diferenciar o envio de verbas. As escolas com melhores rendimentos acabam recebendo um envio de verba maior e as com menor rendimento recebem ainda menos verbas.

Os estudantes argumentam que as escolas com mais dificuldades no rendimento acabam recebendo menos dinheiro e agravando o desempenho. Muitas escolas não possuem o mínimo necessário para uma aula: falta-se canetas para os quadros de aula, papel para provas, alimentação nos refeitórios, muitos outros problemas de infraestrutura e mesmo funcionários para a manutenção do prédio, entre outros.

Com o SAERJ, as escolas mais pobres acabam ficando ainda mais precárias, pois não possuem condições mínimas para que os alunos tenham um bom aprendizado. Os estudantes querem que não haja diferenciação no envio de verbas entre as escolas e que sejam aplicadas medidas que solucionem os problemas das escolas e não medidas que aumentam os problemas.

Estudantes e professores argumentam ainda, que o sistema meritocrático do SAERJ acaba incentivando as direções das escolas a promoverem aulas voltadas para um bom desempenho nesta avaliação, em vez de uma educação de qualidade para a vida do estudante.

OCUPAÇÃO E REPRESSÃO NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Na mesma tarde em que os estudantes de São Gonçalo se reuniam para fazerem sua manifestação, estudantes da cidade do Rio de Janeiro ocupavam a sede da Secretaria de Educação.

No Rio, os seguranças da Secretaria trancaram os estudantes no estacionamento, não permitindo que entrassem nem saíssem. Pouco depois, conseguiram negociar uma audiência com o Secretário e entraram dentro do prédio, nada foi resolvido e os estudantes oficializaram a ocupação.

Durante a madrugada, a Polícia Militar do Choque chegou à Secretaria de Educação e fez a retirada dos estudantes sem mandato de reintegração de posse expedido por um juiz. Os estudantes foram retirados com muita violência. Eles se encontravam sentados no chão quando a Polícia entrou e foram arrastados e agredidos. Sprays de pimenta e bombas de gás também foram utilizados.

Muitos estudantes ficaram feridos, um desmaiou devido aos gases e sprays de pimenta. Dois precisaram de atendimento médico e foram para o hospital. Pessoas que estavam do lado de fora também foram agredidas pela truculência policial.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO NÃO QUER NEGOCIAR MELHORIAS

A Secretaria de Educação têm se fechada ao diálogo, mantendo seu posicionamento autoritário e antidemocrático com os estudantes e tem se empenhado no desmonte das ocupações. Situação parecida tem ocorrido com a greve dos professores, que apesar de algumas vitórias com as negociações com o antigo secretário Antônio Neto, exonerado na semana passada, têm sofrido com ameaças de não cumprimento e retrocesso com o novo secretário, Wagner Victer.

Wagner Victer também afirmou que não vai cumprir com a negociação do antigo secretário, Antonio Neto, de acabar com o SAERJ.

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