Niterói-RJ: Estudantes do #OcupaCAPISTRANO se reúnem com o movimento de desocupação
Nesta quinta-feira, dia 12 de maio, o movimento de ocupação do Colégio Estadual David Capistrano recebeu os estudantes contrários à ocupação e que compõe o movimento Desocupa. A reunião ocorreu dentro da escola com dez alunos de cada grupo e acordos foram feitos.
No primeiro momento houve uma discordância de horários entre os dois grupos. Na Segunda-feira, dia 09, os dois grupos fizeram o acordo de se reunirem nesta quinta-feira após um grande conflito em frente a escola, onde a Polícia Militar compareceu. Tal acordo foi intermediado por uma capitã da policia militar.
O Ocupa Capistrano disse que foi acordado entre eles que a reunião ocorreria às 8 horas e que tal foi passado para a policial. No entanto, os estudantes do movimento desocupa afirmaram que a capitã disse que a hora combinada seria às 11 horas. Após este impasse ter sido resolvido, os estudantes da ocupação receberam os dez estudantes do Desocupa, pouco após as 13 horas.
A reunião durou mais de duas horas e ambos os lados apresentaram seus motivos e reivindicações. Os estudantes do desocupa afirmaram não serem contrários às reivindicações dos ocupantes, mas que discordam do método, pois isso interrompe as aulas. Os estudantes da ocupação afirmaram que tal medida se faz necessária por se unir à luta coletiva por melhorias na educação estadual que vem sendo sucateada.
A reunião também esclareceu que nenhum estudante será reprovado ou que o ano letivo será perdido. Ao final da reunião foi decidido que a ocupação organizará aulas nos três níveis do ensino médio para todos os estudantes interessados, principalmente para aqueles que estão preocupados com o ENEM e o vestibular.
O MOVIMENTO DESOCUPA
Assim como na maioria das mais de 70 escolas ocupadas, no C. E. David Capistrano estudantes contrários à ocupação vêm aderindo ao movimento desocupa e organizando protestos e tentativas de desocupação.
No dia 09, o movimento desocupa aproveitou que a escola estaria com menos alunos, pois haveria uma passeata no centro da cidade, onde os estudantes da ocupação participariam, para tentar entrar na escola e promover a desocupação.
A tentativa de desocupação foi bastante tumultuada e alguns alunos da ocupação foram agredidas por pais de alunos. A Polícia Militar foi chamada para tentar conter os estudantes do movimento Desocupa. Estudantes da ocupação afirmam que muitas pessoas estranhas à escola estiveram presentes na tentativa de desocupação, além de ex-alunos, pais e a direção da escola.
Os alunos ocupantes também declararam que bombas, pedras e ameaças frequentemente acontecem durante a noite. Os estudantes do desocupa afirmam que não são elxs que fazem tais ações e ameaças. Segundo os ocupantes, tais pessoas são desconhecidas e que, um grupo certa vez afirmou que eram moradores da região e que estavam insatisfeitos com a ocupação pois, a Polícia Militar estaria fazendo abordagens, conhecidas como “duras”, acusando-os de estarem contribuindo com a ocupação.
Neste mesmo dia 09, o Colégio Estadual Leopoldo Fróes foi desocupado por uma ação violenta do movimento desocupa. Os estudantes denunciaram que houve ameaças por pessoas armadas e de agressões. A direção da escola estava presente junto ao desocupa e uma diretora chegou a desligar a chave geral da escola para contribuir com a desocupação.
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