A pandemia explicitou ainda mais a enorme discrepância de diferentes realidades sociais que coexistem no Brasil. Infelizmente ainda não estamos, como dizem alguns, “todos no mesmo barco”: alguns estão isolados em coberturas, recebendo delivery de comida pelo elevador e delivery de maconha por drone, outros moram em bairros que estão sem água há semanas, ou passam fome e sede nas ruas, sem saber o porquê delas estarem tão vazias, e com pessoas vestindo máscara.
Quem somos nós? Quem são eles? É comum usarmos palavras com muitos sentidos e significados abstratos para nos referir às partes de uma narrativa. É importante, portanto, deixar claro a quem se referem essas palavras. Ou seja, quem somos nós, e quem são eles.