O racismo no caso de assassinato do Extra
Um jovem de 19 anos foi assassinado em um supermercado da rede Extra no Rio de Janeiro. De acordo com a empresa, o jovem teria tentado furtar algo e havia sido flagrado pelo segurança, porém vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o jovem sendo morto covardemente sem demonstrar qualquer tipo de reação. Tratando-se, assim, de um assassinato, e não de legítima defesa, como a empresa tentou justificar.
Não houve qualquer prova de que o rapaz estivesse mesmo tentando furtar o mercado, porém o simples fato de um possível furto ser usado como justificativa para um assassinato a sangue frio mostra como as empresas e o Estado priorizam a propriedade privada à vida das pessoas.
O segurança chegou a ser preso, porém foi solto mediante à fiança. Foi acusado de Homicídio Culposo, quando não se tem a intenção de matar, mesmo com a circulação do vídeo que mostra ele intencionalmente enforcando o jovem enquanto pessoas ao redor tentavam intervir alertando que ele iria morrer.
Racismo
Além da própria atitude do segurança de matar um possível suspeito de furto à sangue frio ter uma conotação racista, diversas pessoas ainda tentaram defender a ação nas redes sociais, com o velho discurso punitivista contra negros e pobres do "bandido bom é bandido morto." Primeiramente não podemos nem mesmo classificar o jovem como bandido, pois não há nenhuma prova que se tratasse de fato de um roubo. Segundo, não há brecha na lei que permita a agentes de segurança assassinarem suspeitos de cometer delitos. Isso, em si, caracteriza um crime. Por que então algumas pessoas insistem em aplaudir e justificar a violência?
O jovem Pedro Henrique Gonzaga, de 19 anos, era negro. Por isso uma camada da sociedade que se autodenomina "de bem" corre para seus perfis para criminalizar de imediato o rapaz e defender o segurança que sujava suas mãos de sangue para defender a propriedade privada de uma suposta ameaça.
Isso já é uma prática comum em casos de assassinatos cometidos pela Polícia Militar nas favelas, porém neste caso grande parte da população se revoltou com o ocorrido e o caso acabou ganhando mais notoriedade e condenações à atitude do mercado e às tentativas de justificativa.
Algumas pessoas fizeram campanha para realização de um boicote, porém é uma tática de luta complicada de se fazer, uma vez que as empresas tem parceiras comerciais e poucas vezes nós sabemos de fato se estamos boicotando algo. O Extra faz parte do grupo Pão de Açúcar, que contém outras redes de mercados, então mesmo boicotando diretamente o Extra corre-se o risco de estar financiando a empresa. O que nos faz pensar: como repudiar essas atitudes? Como lutar contra o genocídio? Apenas pela organização e pela luta por fora da institucionalidade pelo direito à existência.
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