8 mar, 2017 - 23:58 Por CMI-Rio 1 comentário
“Menina, adolescente, mulher. Isso, mulher, é o que sou. Mas mulher no sentido literal da coisa. Sinto vontade de gritar isso aos quatro ventos quando me vejo encurralada por vários prédios no centro da cidade. Será que eles não percebem? Eu me vejo agora trilhando um caminho de conquista. Mas eles não sabem do que passou. E me julgam por bater no peito e gritar que sou mulher e tenho orgulho. Quando minha mãe descobriu meu sexo, lá na barriga ainda, ela jogou o peso de milhares de fatores nas minhas costas. Tenho que admitir que ser mulher às vezes nos leva a várias situações ruins. A gente para e pense. "E se eu fosse homem...", "E se eu fosse mais forte...". Mas calma aí, eu já sou forte o bastante para lutar. Perceba. Olha em volta. Eu sou uma mulher. Não uma submissa, uma servente. Sou livre. Eu tenho voz. E se eles não me ouviram ainda, bem, eu vou gritar. Muitas mulheres em outrora foram silenciadas, e eu não posso me esquecer. Por isso grito. Me liberto. Quebro e questiono as regras. Quem disse que preciso usar saia?”
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